quinta-feira, dezembro 30, 2010

Tanta Saudade, vovó!



Sinto falta daquele abraço apertado,
Dos seus beijos demorados,
De ouvir sua voz,
Do seu cheiro,
Da sua gargalhada,
E daquele sorrizinho que a senhora nos lançava
Quando fazia nossas vontades sem que ninguém percebesse.
Do seu dom de sempre descobrir o que passava lá no fundo do meu coração.
Nunca havia parado pra imaginar a minha vida sem a senhora,
Sempre achei que iria tê-la por muitos e muitos anos.
Sonhava em fazer a senhora ter orgulho de mim,
Não tive tempo.
Queria ter dado aos meus filhos a melhor “bisa” desse mundo
E ver eles correndo pra senhora lhe pedindo presentes.
Queria que nossa despedida jamais tivesse acontencido.
Pois eu ainda não aprendi a viver sem seu olhar,
Ainda não me acostumei a chegar em sua casa e não lhe ver,
Não aprendi a conviver com a saudade.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Em meus sonhos você chega
Tão real que posso senti-lo.
Todos os meus sentidos
Percebem sua presença
E acendem com tocar leve de suas mãos.
Olho-te, acaricio tua face
E não posso crer que estás aqui.
Sonho ou realidade,
Não procuro saber.
Sinto meu coração pulsar mais forte
E bater junto ao seu,
Confundindo os ritmos,
Numa sinfonia harmoniosa e perfeita.
Nossos lábios a se tocarem,
Entregam nosso desejo contido.
Minha respiração e a sua se misturam,
E espalham seu cheiro por toda parte,
Causando em mim arrepios,
Que me arrancam da realidade fria
E me fazem sentir novamente viva.
Por onde andaste todo esse tempo
Que não chegaste antes para me salvar?
Leva-me contigo, sonho bom
Não me deixes acordar e não te ver.

sábado, dezembro 25, 2010

Reencontro Marcado



Longos anos se dissipam no ar,
E todas as coisas parecem voltar
Para o mesmo lugar em que as deixamos.
Estão suspensas no tempo, que nada fez diferente.
Todas as adversidades são pequenas demais
Diante de tudo o que ainda há para se viver,
Para se sentir.
Nossos planos foram traçados.
E sonhos jamais adormecidos
Revelam o imenso desejo
De estarmos juntos mais uma vez.
Pra realizar tudo aquilo
Que o tempo não nos permitiu,
E que nem mesmo ele foi capaz
De nos fazer esquecer.
O que queremos é apenas resgatar
O que sempre foi nosso
E que tão cedo nos foi tomado.
Para nós tudo fora diferente,
Ao avesso.
Na ausência nos conhecemos,
Nos percebemos semelhantes.
E sempre ficamos a imaginar
Como seria, se ao menos tivéssemos tido tempo.
Quando digo isso sinto-te tão próximo!
O que virá, nem mesmo nós o sabemos.
Porém sentimos que a despedida mudou rumos
Mas não mudou vidas.