terça-feira, setembro 21, 2010

VISITA INESPERADA


Ainda penso que ela está aqui
E que ao chegar em sua casa irei encontrá-la
A me esperar no portão
Me olhando e falando de sua saudade.
E eu sempre sorrindo lhe diria
Que não havia demorado tanto assim.
Todo tempo do mundo ao seu lado era pouco,
Se pudesse teria seus filhos sempre ao alcance de seus olhos.
Se pudéssemos também não sairíamos debaixo de suas asas,
Que para nós era como um abrigo das maldades do mundo.
Tanto tempo passou e eu não entendi,
Porém ontem, sem querer não percebi meu anjo perto de mim.
Foi difícil ver chegar sozinha a data que esperávamos juntas.
Esse ano eu não contei os dias
Pois não havia quem me lembrasse,
Não havia sequer o que comemorar.
E cada ano que passar só servirá pra me lembrar quanto tempo nos separa.
Quantas noites dormi pedindo a Deus
Qua a permitisse vir me ver
E ao acordar na manhã seguinte
Percebia que mais uma vez ela não tinha vindo.
Mas essa noite, sem que eu muito pedisse (embora desejasse)
Ela esteve aqui.
E foi tão real o nosso encontro
Que pude senti –la em meus braços.
E foi então que pude perceber
Que a saudade doía não apenas em mim.
Eu não sei se um dia a dor que sinto irá sarar,
Não sei se um dia vou conseguir falar dela
Sem uma lágrima triste correr pelo meu rosto,
Nem se vou me perdoar
Por não te-la a meu lado tanto quanto pude,
Mas diante de tantas incertezas,
Tenho a certeza de que jamais existiu ser humano mais lindo,
E criança mais feliz que eu por tê-la como minha avó.
Volte mais vezes vovó, Estarei sempre a sua espera!