quinta-feira, abril 03, 2008

Que tanto sonhas, Ismália?



Sempre sonhando acordada.
Assim vivia Ismália
A sonhar da janela do seu quarto.
Não morava Ismália no sétimo andar,
Morava no sétimo céu.
Tinha um mundo só seu.
Ninguém o conhecia
Ela, como a palma de sua mão.
"-Que tanto sonhas, Ismália?”
Sua boca pequena não proferia uma palavra.
Que pensamentos passavam pela sua cabeça juvenil?
Ninguém sabia.
Em meio a seus desvarios
Ismália cantava
Olhava pra lua no céu
E banhava-se toda em luar.
Por todas as noites
As duas trocaram encantos.
São se ouve mais o seu canto triste
No alto da sua janela.
Canta mais alto a bela Ismália!
Seu corpo antes longe do céu
Onde hoje vive seu espírito.

2 comentários:

Acta disse...

Diria eu, uma Ismália pós-moderna!
Uma Lindonéia...

Adorei!

AldeiaCult disse...

Esse Alphonsus é bem malinha. hehehe

Mas esse poema lido e relido e reinventado e retransformado sempre será um clássico de boas lembranças.