segunda-feira, setembro 04, 2006



O Sol hoje demorou a aparecer, por várias horas escondeu-se atrás das nuvens. 
Quisera eu ter algum lugar seguro para me esconder assim como o sol. 
Lugar este onde eu pudesse ser apenas eu mesma, onde ninguém pudesse cobrar de mim algo que eu não sou. 
Meu espírito é livre assim como meu pensamento, não me acostumei com essas amarras que atam meus braços. 
Sinto-me como Gibran sentiu-se um dia:
"Sinto que há nas profundezas do meu coração uma grande força que quer se manifestar, mas ainda é incapaz de fazê-lo. 
Meus sentimentos são como as marés de um oceano. 
Minha alma é como uma águia de asas partidas. 
Sofre dolorozamente quando vê os pássaros voarem no espaço, pq não pode imitá-los."
Há dias em que você acorda, se pudesse jamais sairia da cama, seu corpo carrega um peso insustentável e passa o dia inteiro esperando ansiosa que chegue a hora de dormir novamente. 
Dias tristes são longos. 
Dias em que seus olhos são os mais puros espelhos da alma, eles falam e não conseguem mentir o sofrimento que passa ali dentro. 
Uma onda fria atravessa minha alma, a saudade vem e me abraça. 
São braços fortes, mas não os que desejo.

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