sexta-feira, abril 29, 2011

Fragmentos de mim


Ainda há tempo de quebrar a máscara que me puseram.
E voltar a ser aquela menina que deixei esquecida.
De resgatar minha verdadeira essência
E salvar os sonhos que enterrei tempos atrás.
Como quem anda perdido, sinto que perdi o rumo.
Caminhei em círculos, sem ao menos perceber que a paisagem que vislumbrava era a mesma.
Estagnei no tempo e espaço, manipulada por um sentimento doente, que como um vírus se espalhou por toda a parte.
Interpretei sem saber a personagem
Que mais combinava com você
E que no fundo, nada tinha de mim.
Enganei e me deixei enganar.
Hoje me sinto frustrada
Diante do tempo que desperdicei sendo outra.
E temo não conseguir retomar meu lugar
Na minha vida e na vida de quem eu fazia parte.
Não entendia quando diziam não me reconhecer
Hoje sei exatamente do que falavam.
E embora eu encontre, de tempos em tempos
Fragmentos de mim que junto com cuidado.
Sinto que alguns se perderam para sempre
Como o tempo que passou sem que eu percebesse.
Como será o novo rosto desse quebra-cabeças que me tornei?


Gosto de estar sozinha
E ao contrário do que muitos pensam
Não existe nada de ruim nisso.
O que existe são pessoas
Que passam a vida inteira temendo a solidão.
Quando na realidade o que elas não conseguem
É encarar a própria face diante do espelho.
Enxergar suas falhas
E se deparar cara a cara
Com a realidade em que vivem.
Eu não tenho medo
De perceber meus erros.
Temo sim, continuar a cometê-los.
Temo não me dar a chance de identificá-los
E corrigi-los a tempo.
Prefiro ouvir meus pensamentos,
Pedir conselhos à minha própria consciência.
Que não trairá a minha natureza,
Que não ferirá minha personalidade.
Gosto de pensar na vida,
Nas coisas que ela me trouxe.
E traçar novos rumos,
Novos objetivos.
Mas acima de tudo
Gosto de fazer “faxina”,
De por ordem na bagunça
Que as pessoas sempre deixam
Ao entrar e sair da nossa vida.
Nem sempre ficam coisas boas
E é preciso jogá-las fora muito depressa
Antes que contaminem todo resto.
E no fim de tudo só restará o que foi bom,
O que valeu a pena.
Para que a saudade que tomará o seu lugar
Seja ao menos agradável.

quinta-feira, abril 28, 2011

Pedaços do que eu fui estão espalhados por toda a parte, juntá-los feito um quebra-cabeças tem sido uma terapia, não vejo a hora de voltar.